O clássico Atlético x Cruzeiro comemora neste dia 17 de Abril noventa anos de historia. Uma rivalidade que teve inicio com uma vitoria do Cruzeiro, na época Palestra Italia sobre o rival por 3x0. Era apenas o segundo jogo na historia do clube celeste . Passado apenas um mes e no dia 15 de Maio o segundo jogo desta vez com vitoria atleticana por 2x1.
Caderno especial do jornal Hoje em Dia dedicado exclusivamente a historia dos 90 anos do clássico.
Materia do Jornal Hoje em Dia sobre a primeira partida que somente foi reconhecida nos anos 90.
Kafunga foi quem mais jogou o clássico, ao todo foram 70 partidas vindo a seguir outro goleiro, Geraldo II.
Niginho é o maior artilheiro entre todos com apenas um gol a mais que Guará. Já na era Mineirão os maiores artilheiros são Reinaldo com 15 gols e Dirceu Lopes com 12 gols.A maior divergência até hoje está relacionada às estatísticas do duelo. De acordo com os números do Galo, foram 467 jogos, com 189 vitórias atleticanas, 123 empates e 155 triunfos azuis. Já nas contas do Cruzeiro são 449 confrontos, com 154 vitórias celestes, 119 empates e 176 triunfos do rival. Foi em 1927 que o Atlético aplicou a maior goleada da história do clássico: 9 a 2, pelo Campeonato Mineiro, chamado Campeonato da Cidade. Maior goleada do cruzeiro 5 a 0 em 27 de Abril de 2008 e em 26 de Abril de 2009.
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Palestra Italia x Atlético no final dos anos 30. |
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Raul Fernandes x Lacy em clássico dos anos 60. |
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Clássico dos anos 70 aparecendo entre outros Palhinha, Darci Menezes, Flavio e Vanderlei. |
Maiores públicos
- Atlético 0 a 1 Cruzeiro, 129.296, 4 de maio de 1969
- Atlético 1 a 3 Cruzeiro, 122.534, 9 de novembro de 1977
- Atlético 1 a 0 Cruzeiro, 115.983, 26 de outubro de 1980
- Atlético 1 a 1 Cruzeiro, 112.919, 8 de novembro de 1981
- Atlético 1 a 2 Cruzeiro, 110.432, 2 de junho de 1968
- Atlético 1 a 2 Cruzeiro, 109.363, 15 de dezembro de 1974
- Atlético 2 a 1 Cruzeiro, 108.935, 5 de dezembro de 1982
- Atlético 1 a 2 Cruzeiro, 106.155, 2 de agosto de 1970
- Atlético 2 a 0 Cruzeiro, 103.725, 3 de abril de 1977
- Atlético 2 a 1 Cruzeiro, 101.404, 25 de abril de 1976
Reinaldo o maior artilheiro atleticano na era Mineirão. Foram 15 gols contra as redes cruzeirense.
Niginho o maior goleador em toda historia do clássico com 25 gols sobre o Atlético.
O primeiro clássico foi um amistoso em 17 de abril de 1921, no antigo Estádio do Prado, em BH, onde hoje é o Batalhão da Polícia Militar, na rua Platina. Então Palestra Itália, o time cruzeirense venceu por 3 a 0, com dois gols de Atílio e um de Nani. Recém-criado, recebeu uma medalha de ouro pelo triunfo sobre o rival, fundado 13 anos antes e que na época dividia o posto de principal clube da cidade com o América.
Embora ainda não fosse o principal clássico de Belo Horizonte à época, o derby teve algumas importantes páginas de sua história escritas em sua primeira década. Foi em 1927 que o Atlético aplicou a maior goleada da história do clássico: 9 a 2, pelo Campeonato Mineiro, chamado Campeonato da Cidade. Na ocasião, o clube palestrino já estava eliminado do torneio e se vencesse provocaria uma decisão entre América e Atlético na última rodada. O Galo atropelou e ficou com o troféu. Anos mais tarde, em entrevista ao Estado de Minas, o atacante do Palestra, Ninão, alegou que os celestes teriam entregado a partida para evitar que o título ficasse mais uma vez com o América, então decacampeão mineiro, de 1916 a 1925.
Embora ainda não fosse o principal clássico de Belo Horizonte à época, o derby teve algumas importantes páginas de sua história escritas em sua primeira década. Foi em 1927 que o Atlético aplicou a maior goleada da história do clássico: 9 a 2, pelo Campeonato Mineiro, chamado Campeonato da Cidade. Na ocasião, o clube palestrino já estava eliminado do torneio e se vencesse provocaria uma decisão entre América e Atlético na última rodada. O Galo atropelou e ficou com o troféu. Anos mais tarde, em entrevista ao Estado de Minas, o atacante do Palestra, Ninão, alegou que os celestes teriam entregado a partida para evitar que o título ficasse mais uma vez com o América, então decacampeão mineiro, de 1916 a 1925.
Era apenas a primeira de muitas polêmicas que ocorreriam na história do clássico. A maior divergência até hoje está relacionada às estatísticas do duelo. De acordo com os números do Galo, foram 467 jogos, com 189 vitórias atleticanas, 123 empates e 155 triunfos azuis. Já nas contas do Cruzeiro são 449 confrontos, com 154 vitórias celestes, 119 empates e 176 triunfos do rival.
O desencontro se deve à política adotada pelos clubes. O Cruzeiro desconsidera amistosos e torneios extraoficiais disputados por times mistos, além de partidas com tempo regulamentar inferior a 90 minutos. Já o Atlético leva em conta os jogos nos quais os times estejam com uniforme oficial, haja arbitragem e seja respeitado o tempo definido pelo regulamento da competição em questão – nos primórdios, a duração das partidas, em alguns casos, era inferior a 90 minutos.
O desencontro se deve à política adotada pelos clubes. O Cruzeiro desconsidera amistosos e torneios extraoficiais disputados por times mistos, além de partidas com tempo regulamentar inferior a 90 minutos. Já o Atlético leva em conta os jogos nos quais os times estejam com uniforme oficial, haja arbitragem e seja respeitado o tempo definido pelo regulamento da competição em questão – nos primórdios, a duração das partidas, em alguns casos, era inferior a 90 minutos.
Com o Gigante, o clássico se agigantaAté os anos 1950, o grande clássico da capital mineira era América x Atlético, times mais antigos e com maior número de títulos estaduais. Foi a partir dos anos 1960, com a inauguração do Mineirão, que o Cruzeiro roubou o posto do Coelho e passou a disputar com o Galo a hegemonia de Minas. Foi também com o Gigante da Pampulha que o clássico tomou grandes proporções de público e renda e passou a ter reconhecimento nacional. O primeiro duelo, em 24 de outubro de 1965, foi vencido pelo Cruzeiro por 1 a 0, com gol de Tostão, e assistido por 47.530 pagantes, público inimaginável para os padrões da torcida mineira à época.
Em pouco tempo, o clássico passou a ter média de público de aproximadamente 90 mil torcedores por partida. O ápice de bilheteria ocorreu no Mineiro de 1969, quando 123.351 pagantes viram o triunfo celeste por 1 a 0 – recorde de público pagante do Mineirão em toda a sua história.
Até mesmo nos jogos disputados no Gigante da Pampulha há diferença nas estatísticas. De acordo com o Cruzeiro, são 218 partidas, sendo 80 vitórias celestes, 69 empates e 69 derrotas. Para o Galo, foram 224 jogos, com 72 vitórias alvinegras, 71 empates e 81 derrotas.
Em pouco tempo, o clássico passou a ter média de público de aproximadamente 90 mil torcedores por partida. O ápice de bilheteria ocorreu no Mineiro de 1969, quando 123.351 pagantes viram o triunfo celeste por 1 a 0 – recorde de público pagante do Mineirão em toda a sua história.
Até mesmo nos jogos disputados no Gigante da Pampulha há diferença nas estatísticas. De acordo com o Cruzeiro, são 218 partidas, sendo 80 vitórias celestes, 69 empates e 69 derrotas. Para o Galo, foram 224 jogos, com 72 vitórias alvinegras, 71 empates e 81 derrotas.
Ídolos e jogos inesquecíveisNesses 90 anos, incontáveis craques mostraram seu talento no grande clássico mineiro. O cruzeirense Wilson Piazza disputou 47 – venceu 17, empatou 17 e perdeu 13. Apesar da experiência internacional e dos títulos da Copa do Mundo de 1970, da Libertadores de 1976 e do Brasileiro de 1966, ele confessa que enfrentar o arquirrival sempre teve sabor diferente. “Todo artista gosta de espetáculo com grande público e o clássico sempre carrega multidões aos estádios. Era o jogo que eu nunca queria ficar de fora, mesmo sabendo da dificuldade”.
O argentino Sorín, campeão da Liga dos Campeões pela Juventus e da Libertadores pelo River Plate, disputou oito jogos contra o Galo, também guarda boas recordações. “É um dos clássicos mais bonitos que já presenciei, é um clássico nacional, mas é uma disputa de quem vai ser o dono da região. Meu primeiro jogo foi inesquecível, pelo Brasileiro de 2000, ganhamos por 4 a 2. Perdíamos de 2 a 0 e eu tive a felicidade de fazer o gol da virada”.
O ex-atacante do Galo Dario volta mais de 30 anos no tempo para relembrar seu clássico mais marcante. “Sem dúvida foi pelo Campeonato Mineiro de 1970, quando o Atlético ganhou de 2 a 1. O time do Cruzeiro era uma máquina. Tinha Raul, Natal, Dirceu Lopes, Zé Carlos, Tostão e Piazza. E o Atlético ganhou com dois gols de Dadá, né?”, brinca o jogador, autor de oito gols em 25 confrontos contra o time celeste.
Um dos ídolos recentes da torcida alvinegra, Guilherme balançou as redes cruzeirenses nove vezes com a camisa atleticana e também fez gol no Galo vestindo as cores celestes: marcou dois em partida pelo Mineiro de 2004. Ele, contudo, aponta os jogos pelas quartas de final do Brasileiro de 1999, quando defendia o alvinegro, como os mais especiais: “Principalmente pelas circunstâncias, pois falavam que o Atlético não tinha estrutura e tecnicamente o Cruzeiro era superior. Mas o nosso time estava unido. Por tudo isso e ainda valendo vaga em semifinal de Brasileiro foi inesquecível. Curioso que nesta semana gravei em DVD´s alguns gols que marquei, inclusive esses de 1999. Boas lembranças”.
Fonte: http://www.uai.com.br/
O argentino Sorín, campeão da Liga dos Campeões pela Juventus e da Libertadores pelo River Plate, disputou oito jogos contra o Galo, também guarda boas recordações. “É um dos clássicos mais bonitos que já presenciei, é um clássico nacional, mas é uma disputa de quem vai ser o dono da região. Meu primeiro jogo foi inesquecível, pelo Brasileiro de 2000, ganhamos por 4 a 2. Perdíamos de 2 a 0 e eu tive a felicidade de fazer o gol da virada”.
O ex-atacante do Galo Dario volta mais de 30 anos no tempo para relembrar seu clássico mais marcante. “Sem dúvida foi pelo Campeonato Mineiro de 1970, quando o Atlético ganhou de 2 a 1. O time do Cruzeiro era uma máquina. Tinha Raul, Natal, Dirceu Lopes, Zé Carlos, Tostão e Piazza. E o Atlético ganhou com dois gols de Dadá, né?”, brinca o jogador, autor de oito gols em 25 confrontos contra o time celeste.
Um dos ídolos recentes da torcida alvinegra, Guilherme balançou as redes cruzeirenses nove vezes com a camisa atleticana e também fez gol no Galo vestindo as cores celestes: marcou dois em partida pelo Mineiro de 2004. Ele, contudo, aponta os jogos pelas quartas de final do Brasileiro de 1999, quando defendia o alvinegro, como os mais especiais: “Principalmente pelas circunstâncias, pois falavam que o Atlético não tinha estrutura e tecnicamente o Cruzeiro era superior. Mas o nosso time estava unido. Por tudo isso e ainda valendo vaga em semifinal de Brasileiro foi inesquecível. Curioso que nesta semana gravei em DVD´s alguns gols que marquei, inclusive esses de 1999. Boas lembranças”.
Fonte: http://www.uai.com.br/
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