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sexta-feira, 15 de abril de 2011

90 ANOS DE RIVALIDADE

O clássico Atlético x Cruzeiro comemora neste dia 17 de Abril noventa anos de historia.  Uma rivalidade que teve inicio com uma vitoria do Cruzeiro, na época Palestra Italia sobre o rival por 3x0. Era apenas o segundo jogo na historia do clube celeste . Passado apenas um mes e no dia 15 de Maio o segundo jogo desta vez com vitoria atleticana por 2x1.

Caderno especial do jornal Hoje em Dia dedicado exclusivamente a historia dos 90 anos do clássico.

Materia do Jornal Hoje em Dia sobre a primeira partida que somente foi reconhecida nos anos 90.

Kafunga foi quem mais jogou o clássico, ao todo foram 70 partidas vindo a  seguir outro goleiro, Geraldo II.
Niginho é o maior artilheiro entre todos com apenas um gol a mais que Guará. Já na era Mineirão os maiores artilheiros são Reinaldo com 15 gols e Dirceu Lopes com 12 gols.

A maior divergência até hoje está relacionada às estatísticas do duelo. De acordo com os números do Galo, foram 467 jogos, com 189 vitórias atleticanas, 123 empates e 155 triunfos azuis. Já nas contas do Cruzeiro são 449 confrontos, com 154 vitórias celestes, 119 empates e 176 triunfos do rival. Foi em 1927 que o Atlético aplicou a maior goleada da história do clássico: 9 a 2, pelo Campeonato Mineiro, chamado Campeonato da Cidade. Maior goleada do cruzeiro 5 a 0 em 27 de Abril de 2008 e em 26 de Abril de 2009.



Palestra Italia x Atlético no final dos anos 30.

Raul Fernandes x Lacy em clássico dos anos 60.


Clássico dos anos 70 aparecendo entre outros Palhinha, Darci Menezes, Flavio e Vanderlei.
 As duas torcidas ficavam separadas por cerca de 2 metros apenas. um cordão de isolamento feito por soldados da PM separavam os espaços.

Maiores públicos



Reinaldo o maior artilheiro atleticano na era Mineirão. Foram 15 gols contra as redes cruzeirense.


Niginho o maior goleador em toda historia do clássico com 25 gols sobre o Atlético.



O primeiro clássico foi um amistoso em 17 de abril de 1921, no antigo Estádio do Prado, em BH, onde hoje é o Batalhão da Polícia Militar, na rua Platina. Então Palestra Itália, o time cruzeirense venceu por 3 a 0, com dois gols de Atílio e um de Nani. Recém-criado, recebeu uma medalha de ouro pelo triunfo sobre o rival, fundado 13 anos antes e que na época dividia o posto de principal clube da cidade com o América.

Embora ainda não fosse o principal clássico de Belo Horizonte à época, o derby teve algumas importantes páginas de sua história escritas em sua primeira década. Foi em 1927 que o Atlético aplicou a maior goleada da história do clássico: 9 a 2, pelo Campeonato Mineiro, chamado Campeonato da Cidade. Na ocasião, o clube palestrino já estava eliminado do torneio e se vencesse provocaria uma decisão entre América e Atlético na última rodada. O Galo atropelou e ficou com o troféu. Anos mais tarde, em entrevista ao Estado de Minas, o atacante do Palestra, Ninão, alegou que os celestes teriam entregado a partida para evitar que o título ficasse mais uma vez com o América, então decacampeão mineiro, de 1916 a 1925.


Era apenas a primeira de muitas polêmicas que ocorreriam na história do clássico. A maior divergência até hoje está relacionada às estatísticas do duelo. De acordo com os números do Galo, foram 467 jogos, com 189 vitórias atleticanas, 123 empates e 155 triunfos azuis. Já nas contas do Cruzeiro são 449 confrontos, com 154 vitórias celestes, 119 empates e 176 triunfos do rival.

O desencontro se deve à política adotada pelos clubes. O Cruzeiro desconsidera amistosos e torneios extraoficiais disputados por times mistos, além de partidas com tempo regulamentar inferior a 90 minutos. Já o Atlético leva em conta os jogos nos quais os times estejam com uniforme oficial, haja arbitragem e seja respeitado o tempo definido pelo regulamento da competição em questão – nos primórdios, a duração das partidas, em alguns casos, era inferior a 90 minutos.

Com o Gigante, o clássico se agigantaAté os anos 1950, o grande clássico da capital mineira era América x Atlético, times mais antigos e com maior número de títulos estaduais. Foi a partir dos anos 1960, com a inauguração do Mineirão, que o Cruzeiro roubou o posto do Coelho e passou a disputar com o Galo a hegemonia de Minas. Foi também com o Gigante da Pampulha que o clássico tomou grandes proporções de público e renda e passou a ter reconhecimento nacional. O primeiro duelo, em 24 de outubro de 1965, foi vencido pelo Cruzeiro por 1 a 0, com gol de Tostão, e assistido por 47.530 pagantes, público inimaginável para os padrões da torcida mineira à época.

Em pouco tempo, o clássico passou a ter média de público de aproximadamente 90 mil torcedores por partida. O ápice de bilheteria ocorreu no Mineiro de 1969, quando 123.351 pagantes viram o triunfo celeste por 1 a 0 – recorde de público pagante do Mineirão em toda a sua história.

Até mesmo nos jogos disputados no Gigante da Pampulha há diferença nas estatísticas. De acordo com o Cruzeiro, são 218 partidas, sendo 80 vitórias celestes, 69 empates e 69 derrotas. Para o Galo, foram 224 jogos, com 72 vitórias alvinegras, 71 empates e 81 derrotas.


Ídolos e jogos inesquecíveisNesses 90 anos, incontáveis craques mostraram seu talento no grande clássico mineiro. O cruzeirense Wilson Piazza disputou 47 – venceu 17, empatou 17 e perdeu 13. Apesar da experiência internacional e dos títulos da Copa do Mundo de 1970, da Libertadores de 1976 e do Brasileiro de 1966, ele confessa que enfrentar o arquirrival sempre teve sabor diferente. “Todo artista gosta de espetáculo com grande público e o clássico sempre carrega multidões aos estádios. Era o jogo que eu nunca queria ficar de fora, mesmo sabendo da dificuldade”.

O argentino Sorín, campeão da Liga dos Campeões pela Juventus e da Libertadores pelo River Plate, disputou oito jogos contra o Galo, também guarda boas recordações. “É um dos clássicos mais bonitos que já presenciei, é um clássico nacional, mas é uma disputa de quem vai ser o dono da região. Meu primeiro jogo foi inesquecível, pelo Brasileiro de 2000, ganhamos por 4 a 2. Perdíamos de 2 a 0 e eu tive a felicidade de fazer o gol da virada”.

O ex-atacante do Galo Dario volta mais de 30 anos no tempo para relembrar seu clássico mais marcante. “Sem dúvida foi pelo Campeonato Mineiro de 1970, quando o Atlético ganhou de 2 a 1. O time do Cruzeiro era uma máquina. Tinha Raul, Natal, Dirceu Lopes, Zé Carlos, Tostão e Piazza. E o Atlético ganhou com dois gols de Dadá, né?”, brinca o jogador, autor de oito gols em 25 confrontos contra o time celeste.

Um dos ídolos recentes da torcida alvinegra, Guilherme balançou as redes cruzeirenses nove vezes com a camisa atleticana e também fez gol no Galo vestindo as cores celestes: marcou dois em partida pelo Mineiro de 2004. Ele, contudo, aponta os jogos pelas quartas de final do Brasileiro de 1999, quando defendia o alvinegro, como os mais especiais: “Principalmente pelas circunstâncias, pois falavam que o Atlético não tinha estrutura e tecnicamente o Cruzeiro era superior. Mas o nosso time estava unido. Por tudo isso e ainda valendo vaga em semifinal de Brasileiro foi inesquecível. Curioso que nesta semana gravei em DVD´s alguns gols que marquei, inclusive esses de 1999. Boas lembranças”.
Fonte:
http://www.uai.com.br/

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